segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Com corações ao alto, fiéis se despedem de Dom Fernando e acolhem seu sucessor, Dom Gilberto: “Venha o Teu Reino”


Autor: Assessoria de Comunicação - Diocese de Crato.dsc_0309-copy

A celebração litúrgica da solenidade que faz memória à Santa Mãe de Deus, neste domingo, o primeiro do ano, foi ainda mais permeada de sentimentos e significados.
Reunidos na Igreja Catedral de Nossa Senhora da Penha, vindos dos mais variados recantos da Diocese de Crato, fiéis se despediram do agora bispo emérito, Dom Fernando Panico, ao mesmo tempo em que, agradecidos e jubilosos, acolheram o seu sucessor, Dom Gilberto Pastana.
À cerimônia, estiveram presentes o arcebispo de Teresina (PI), Dom Jacinto Brito, e o bispo emérito de Cajazeiras (PB), Dom José Gonzalez, além de todo o clero diocesano, seminaristas, religiosos e religiosas, leigos e leigas.
Ao despedir-se da diocese, a qual pastoreara durante quinze anos e meio, inspirado no Cântico Evangélico de Zacarias, e com o coração repleto de gratidão e de emoção, Dom Fernando bendisse, louvou e agradeceu a Deus.
(Fiéis acompanham missa de gratidão a Dom Fernando e acolhida a Dom Gilberto. Foto: Patricia Silva)
(Fiéis acompanham missa de gratidão a Dom Fernando e acolhida a Dom Gilberto. Foto: Patricia Silva)
“Neste Dia Mundial da Paz, iniciando mais um ano e um novo capítulo da história da Diocese de Crato, minha despedida de vocês é a saudação de Jesus Ressuscitado: ‘A paz esteja com vocês’ […] Com o coração cheio de alegria, vejo o rosto de milhares de amigos. Não sei se semeei muita coisa. Mas recebi ternura, carinho, a amizade de tantos irmãos, em particular os mais pobres. Obrigado, Senhor, muito obrigado. E agora que tu me chamas para uma nova etapa, eu digo: Eu vou. ‘E pelo mundo eu vou, cantar o teu amor, pois disponível estou para servir-te, Senhor’”.
Homenagens
No ofertório, foram postos, em forma de cartazes, os grandes feitos do pastoreio de Dom Fernando, Dos simpósios para o estudo do Padre Cícero, às Santas Missões Populares, o 13º Intereclesial das Cebs, o processo de beatificação da menina Benigna Cardoso, de Santana do Cariri, até o seu maior legado: a reconciliação histórica da Igreja com o “padim” dos romeiros.
Outra homenagem foi prestada pelo padre Adelino Martins Dantas. Falando em nome do clero, ele fez reforçou tais feitos, afirmando que foram frutos de “um pastoreio fecundo e a própria história fará justiça”.
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(Cartazes em gratidão a Dom Fernando pelos quinze anos e meio à frente da Diocese. Foto: Patrícia Silva)
Padre José Vicente, vigário-geral, de igual modo emocionado, felicitou Dom Fernando e confirmou as boas vindas a Dom Gilberto, prometendo-lhe respeito, obediência e pondo-se à disposição do seu pastoreio.
Báculo
A passagem simbólica do báculo, sinal do pastoreio à frente da diocese, representação de Cristo, bom pastor, foi de grande emoção. Dom Gilberto passará a usar, nas solenidades, um báculo dourado, que pertenceu a Dom Francisco de Assis Pires, segundo bispo de Crato, cuja simbologia lembra a fecundidade e a história da diocese.
Em seu pronunciamento ao povo diocesano, o novo bispo, recordando a história do Cariri, suas riquezas naturais, as primeiras missões realizadas pelos franciscanos capuchinhos, a devoção à Mãe da Penha, sob a invocação de “Mãe do Belo Amor”, as “pessoas boas e santas” que figuram no Padre Ibiapina, Padre Cícero e na menina Benigna Cardoso, reafirmou o desejo de continuar a edificação da diocese romeira e missionária, e convidou os fiéis a “juntar forças e unir orações”. “Vamos fortificar e criar comunidades cristãs, viver e expressar a fé, comunhão e participação em pequenas comunidades”, pediu.
(Dom Gilberto em seu pronunciamento à assembleia: "Juntar forças e unir orações”. Foto: Patrícia Silva)
(Dom Gilberto em seu pronunciamento à assembleia: “Juntar forças e unir orações”. Foto: Patrícia Silva)
Também exortou os leigos, afirmando que “só um laicato adulto, atuante, discípulo e missionário” será capaz levar adiante o cumprimento da missão. Lançando uma palavra às famílias, pediu a todos para serem “Igreja doméstica”, pois “sem famílias estruturadas, não teremos uma sociedade sadia”. Aos jovens, que enfrentam diversas crises, na família, na sociedade, no mercado de trabalho, nas instituições, exortou “a confiar em Deus e em vocês mesmos”. Aos religiosos e religiosas, chamou a continuarem o compromisso com a ação pastoral diocesana, associando à ação, os seus carismas. “A riqueza espiritual da vida de seu fundador (a) será um grande testemunho. Sintam a alegria que brota da certeza de serem amados por todos nós”.
Os seminaristas também foram mencionados de modo especial. Lembrando-os que o seminário representa para a diocese “um dos bens mais preciosos”, Dom Gilberto orientou-os a aproveitarem o tempo de formação, sendo, em primeiro lugar, cristãos, seguidores do mestre Jesus. “O seguimento de Jesus exige conversão e vida nova. Lembrem sempre disso”.
Por fim, citando os diáconos permanentes e os seus primeiros colaboradores, corresponsáveis na missão, isto é, os párocos e vigários paroquiais, disse contar com “sua generosa disposição e abertura ao serviço da comunidade”, sendo autênticos discípulos de Jesus, “porque só um sacerdote apaixonado por Jesus pode renovar e estimular a vida de seus paroquianos”.
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(Novo pastor ao povo diocesano: “Para vocês sou bispo. Com vocês eu sou irmão. Foto: Patrícia Silva)
“Tenho consciência de que a evangelização só será completa se nela incluirmos os pobres, os sofredores, os doentes, os encarcerados e as vítimas da dependência das drogas. Deus ama os pobres e os excluídos. Acreditemos no amor de Deus por nós. Deus é bom. Deus não desiste de nós. Que sejamos uma Igreja discípula, missionária, profética e misericordiosa. Amemos esta Igreja, sejamos esta Igreja, fiquemos nesta Igreja”, finalizou.

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